Processo de fabricação do leite de soja

EXPERIÊNCIA

Pela experiência que obtivemos, através das observações efetuadas durante estes 25 anos de implantação e desenvolvimento do programa de produção de alimentos, em inúmeros municípios brasileiros, temos hoje, condições de fornecer algumas orientações àqueles que pretendem implantar as atividades de produção de leite de soja.

Inicialmente, podemos afirmar que os projetos de hidrossolúveis de soja, de panificação, pastifício e carnes vegetais, tem condições, se bem orientados, de se constituírem em atividades de alto alcance social em qualquer município, bem como uma enorme economia de gastos.

Nos programas municipais de alimentação, a produção do leite de soja, sopas cremosas, pães e massas, além de serem alimentos que podem minimizar e diminuir a índices baixos a fome e a desnutrição das crianças, e porseguinte a mortalidade infantil, tem um papel social muito importante nos municípios onde foram implantados, pois tem condições de serem produzidos com adequados índices nutricionais e também diminuem os gastos do município com a merenda escolar e alimentação nas instituições, por serem alimentos de baixo custo de produção.

Gostaríamos de ressaltar que atualmente mais de 1.700 municípios brasileiros já possuem estes equipamentos, onde produzem diariamente, milhares de litros de leite de soja e os distribuem na merenda escolar, creches, asilos e para os próprios funcionários municipais e em determinados municípios, chegam a cadastrar famílias carentes da cidade, que diariamente retiram na central de alimentação 1 à 2 litros de leite de soja por família cadastrada.

Alguns municípios chegam a possuir até 04 unidades processadoras de leite de soja, para suprir a demanda.

Muitos países do mundo estudam a soja como um produto capaz de prevenir uma série de doenças como: colesterol, prevenção do câncer, osteoporose, diabetes, adultos e recém-nascidos com intolerância à lactose, minimizar os efeitos da menopausa, prevenir a desnutrição infantil, anemias, além de reabilitar doentes.

Congressos médicos mundiais já incluem a soja em suas pautas de discussões e sinalizam a soja como sinônimo de saúde.

Pesquisas do mundo inteiro já confirmaram: as dietas ricas em fibras e com baixos teores de gordura saturada, aliadas a exercícios físicos e a um estilo de vida saudável, podem auxiliar no controle da obesidade e proteger contra doenças cardiovasculares, câncer, osteoporose e diabetes.


1.1 - DESCASCAMENTO DE GRÃOS:

Descascam-se os grãos de soja, num descascador especial. A casca dos grãos de soja, além de indigesta e de reduzir o rendimento, imprime sabor forte ao leite, tendo que ser retirada antecipadamente.

1.2 - VACA MECÂNICA:

Este equipamento é compacto, e nele ocorrem as seguintes fases de processo:

A - Aquecimento da água a 95º.C,

B - Trituração dos grãos macerados,

C - Adição de água quente à massa e agitação para liberação das proteínas,

D - Filtração da solução para obtenção do leite de soja,

E - Retirada da massa do processo,

F - Formulação do leite à temperatura de 125º.C, para eliminar microorganismos patogênicos e inativar a ação do fator antitripsina,

G - Pré-resfriamento para 35º.C

1.3 a- TRITURAÇÃO:

A soja umidificada e amolecida (macerada), é colocada na moega do triturador, onde se adiciona água quente, a 95º.C

No tanque de trituração, a soja micro-texturizada é diluída em água quente, formando uma massa que é agitada, obtendo-se uma solução leitosa.

Essa solução contém o leite liberado da soja e elementos insolúveis na água.

A agitação propicia o máximo aproveitamento da proteína da soja.

1.3 b - FILTRAÇÃO:

A solução é conduzida para uma centrífuga, onde o leite é separado através de filtragem automática e contínua da massa, de sólidos insolúveis.

A massa é retirada do processo, colhida em uma vasilha. Seu destino é para produção de carne vegetal, panificação, preparo de bolos e outros alimentos.

1.3 c - FORMULAÇÃO:

O leite é enviado da centrífuga para os tanques de formulação.

São 02 tanques de aço inox, com capacidade de 45 lts. e a formulação é efetuada em 40 lts. por vez.

Nesta fase, o leite recebe açúcar cristal, corante, base mascarante, antiespumante e é agitado para homogeneização.

1.3 d - PASTEURIZAÇÃO RÁPIDA (TUBULAR) - UPT:

O leite é enviado continuamente dos tanques de formulação para o PASTEURIZADOR RÁPIDO TUBULAR, onde é aquecido a 125º.C por 2 minutos. Nesta fase, são eliminados os microorganismos patogênicos e é inativado o fator antitripsina.

1.3 e - DESODORIZAÇÃO: (Opcional)

O leite é enviado do PASTEURIZADOR para o DESODORIZADOR DO LEITE DE SOJA (Patenteado), removendo 6% da água do leite recém extraído juntamente com mais de 90% dos aromas indesejáveis do leite de soja, obtendo-se assim um produto final de altíssima qualidade e sem o sabor de “soja crua” (beany flavor).

1.3 f- PRÉ-RESFRIAMENTO:

Imediatamente após o aquecimento a 125º.C e ter passado pelo DESODORIZADOR, a temperatura do leite é baixada, via PRÉ-RESFRIADOR, para 35º.C, ocorrendo a PASTEURIZAÇÃO e reaproveitando este calor para aquecimento da água que vai para o próximo lote.

O importante processo de PASTEURIZAÇÃO, que promove o aquecimento do leite a 125º.C, sob pressão e aquecimento é muito importante.

1.4 - RESFRIAMENTO:

O leite que sai da VACA MECÂNICA, à temperatura de 35º.C, é direcionado para o resfriador onde é resfriado a 5ºc / 8ºc.

Em fluxo contínuo do resfriador, o leite é enviado para a Embaladeira.

1.5 - EMBALAGEM:

Na Embaladeira, o leite de soja é recebido no TANQUE DE EQUILÍBRIO, situado na sua parte superior, onde serão adicionados os Aromas (sabores).

Deste tanque, o leite desce por gravidade, é dosado automaticamente em volume de 100ml à 1.000ml e embalado em saquinhos plásticos de polietileno de baixa densidade.

Uma vez embalado, o leite é de fácil armazenamento, transporte, distribuição e consumo, podendo ser armazenado em câmara fria ou freezer para posterior consumo.

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